Durante a última semana, com a presença de delegações da Venezuela, Uruguai, Argentina, México, Costa Rica, Colômbia, Porto Rico, Espanha e Brasil, foi realizado na Venezuela o V Fórum Latino-americano de Reparadores, trazendo à discussão as ações predatórias das seguradoras contra o setor de reparação automotiva.

O presidente do SINDIFUPI, Ângelo Coelho durante sua palestra no evento apresentou as reais condições brasileiras do setor de reparação.

Ao final do Fórum foi assinada a declaração de Maracay, onde 8 países se comprometeram a combater em conjunto as ações ilegais cometidas pelas seguradoras.

"Está se tornando impossível operar nesse mercado. As seguradoras ultrapassaram todos os limites, provocando o fechamento de um número incontável de empresas e postos de trabalho. Enquanto na Europa a mão de obra é de 35 euros, nos Estados Unidos de 50 dólares, no Brasil, massacrando o setor enquanto as autoridades brasileiras se mantém distantes do problema, o valor da mão de obra é de 8 dólares por hora. Chegou o momento de uma atuação mais incisiva junto aos órgãos internacionais para sensibilizar nosso governo e efetivamente regulamentar e fiscalizar esse mercado".

Ainda durante o evento, o encontro entre o presidente do SINDIFUPI, Ângelo Coelho, e o presidente da FENEAC, Rafael Merina, selou um acordo de intercâmbio entre as duas entidades. A FENEAC, federação que congrega os reparadores da Espanha (Federación Nacional de Asociaciones de Empresas de Auxilio em Carreteras) se destacou mundialmente pelas ações de combate às práticas predatórias das seguradoras, especialmente quando deixou de remover os veículos sinistrados das rodovias espanholas e forçou o estabelecimento de novas bases de acordo entre reparadores e empresas de seguro.

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